Blog da Liz de Sá Cavalcante

Flor de cristal

Flor de cristal em almas de pedras. Flor de cristal, almas gêmeas em minhas mãos frágeis, que se quebra ao segurar as flores, como se fossem minhas mãos essas flores a enternecer de alegrias. Nada é sem flores. Flores que se perdem em um único momento, a pior mansidão. O momento é o único vazio que o meu ser não possui. Vivo os momentos escrevendo. Escrevendo tenho todos os momentos da vida em mim. Há algo que falta aos momentos, talvez seja o perdido, sem estar perdido em mim. O silêncio é o vulto da minha lembrança, que se torna imagens de palavras. Ir sem ficar são imagens sem palavras.