Flor de cristal em almas de pedras. Flor de cristal, almas gêmeas em minhas mãos frágeis, que se quebra ao segurar as flores, como se fossem minhas mãos essas flores a enternecer de alegrias. Nada é sem flores. Flores que se perdem em um único momento, a pior mansidão. O momento é o único vazio que o meu ser não possui. Vivo os momentos escrevendo. Escrevendo tenho todos os momentos da vida em mim. Há algo que falta aos momentos, talvez seja o perdido, sem estar perdido em mim. O silêncio é o vulto da minha lembrança, que se torna imagens de palavras. Ir sem ficar são imagens sem palavras.