A determinação do ser é a morte. Nada é inacabado na morte. O amor é o sol da morte, que amanhece apenas para mim. Não há nada para se viver, além de olhar o sol da morte, a reluzir os meus olhos. O ser é o não ser, no sol da morte, que me dá segurança de morrer, olhando o sol da morte, sem sentir falta de viver. Viver na morte é não morrer. Morrer é olhar o sol da morte com amor, no pouco de amor que possuo, dei este amor ao sol, explode de amor. No sol da morte, a eternidade tem um sentido. O sol da morte é um olhar eterno, me desprende da vida, sem um único olhar, um único suspiro, onde a solidão é o nada sem amor. O amor sente o nada na ausência do nada, onde não posso me abraçar. O sol da morte é o adeus em mim, me tornando um ficar. O sol da morte dorme em mim, no caminhar do vento.