Morri para te sentir. O desnudamento da minha alma é não te sentir. O fim é o começo de ser e o fim do sentir. Nada é, por isso existe. Existir é o sublime do sentir. Perder as forças no céu da imaginação, pois descobri que a imaginação existe quando não a imagino. Apenas o imaginar vive a realidade. Flores da imaginação não me deixem morrer. O que começa na morte é sem ser. O que começa na morte é eterno, mesmo no fim. O fim se constrói aos poucos. Será que alguém é o meu fim? Morrer infinitamente não é o fim. A solidão é o fim, que não se entrega à morte, mesmo com vida. Fui a solidão do momento perdido. Não refiz o ar para como se fosse mortal. Esvaziar o momento com a vida, é de uma alegria inesgotável. Nada é o fim de merecer. O fim da minha pele é o meu corpo. É a vida do meu corpo em mim. O fim é a alma, perseguida pela existência de um corpo, fez a alma sofrer. O corpo não resiste ao sofrer da alma, morre. Resta apenas eu só para ser feliz, isenta do corpo, da alma. Tenho a minha alegria como um corpo, uma alma, que sofrer comigo feliz. O corpo, a alma, me impediam de ser feliz. O corpo nunca será poesia, como a minha alegria é. Sou feliz na ausência de vida: apenas assim desperto, no despertar do corpo da alma, que mesmo isentos de mim, fazem parte da minha vida, de mim. Tenho uma vida pela ausência de um corpo, da alma. Mas que vida é essa? Que vida é essa, que adere ao meu corpo, a minha alma, sem mim? Eu quis apenas viver, a vida me deu um corpo, uma alma para viver. Não me sinto eu vivendo em um corpo, uma alma. Me ensinem a viver: terão meu corpo, minha alma, não terão a mim!