O findar da vida é o nada em construção. Saber mais da saudade do que de mim, pois conheço o meu fim, na saudade que sinto. O que possuo no amor? O envelhecer por amor? O que me fez amar? A descrença em mim? É contagiante, empolgante, esquecer por amor, não por sofrer. Sofrer é indefinido. Teu olhar é o indefinido de mim. O sol, definição do meu olhar, que se desprende da vida. Dedos em anéis de sonhos dobram a vida ao meio, como se fosse a inteireza das minhas poesias, poesias em fragmentos de almas. Sonhar sem saber o motivo, ansiosa como o fim de um sonho, é apenas uma pausa para o infinito da falta de um olhar, em que leio minha alma. Nada mais preciso ler, já tenho uma alma no lugar do coração a bater. Meu coração é a alma que expõe o vento, a tempestade. A alma é uma tempestade de sol. É preciso inovar a alma com a minha morte. Morte é a maior de todas as almas. Alma sem céu, alma eterna.