Estar plena é morrer! Confundindo-me comigo, sou mais eu. Partindo de mim para ficar dentro de mim. O interior e o exterior se unem no meu amor. O amor me isola em fragmentos. Fragmentos são o meu conviver. O sonho é o interior. O interior do nada é a essência. Morrer cada vez mais é viver em mim. Por mim. Meu corpo jogado na vida, como um lixo velho. Meu corpo não descansa em paz em mim. Meu pensar é eternidade agonizante. Meu pensar tem que morrer, não morre. A morte me abandona: não tenho para que lutar. Lutei com o nada em mim. Sai de mim, morte. Aprendi a viver no amanhecer. A eternidade não amanhece em mim. Me aproximo do amanhecer, amanhecendo. Sou muito injustiçada: pelo amanhecer. Não faço parte do amanhecer como faço parte da sua ausência.