Hálito de sangue a beber minha morte no meu corpo. Beber minha morte no meu corpo, sem deixar o ar da realidade evocar o céu. Alma de vidro que não se despedaça no silêncio. Tudo declina no silêncio. Dei tudo de mim para o nada. Tudo surge sem cinzas, numa existência. Não é o nada que vejo nas cinzas da minha alma, é o meu corpo, a minha liberdade que não se protege no corpo. Expor a alma ao mundo, num universo particular. O corpo é a eternidade viva. O corpo da alma é a morte. Tudo que foi perdido é encontrado como morte. As palavras emudecem a alma. Agindo pela perda, como se fosse a perda da solidão. Nada se pode tirar do amanhecer. A falta de mim é o amanhecer por mim.