Blog da Liz de Sá Cavalcante

Imperdoável

Sonhos fazem meus olhos abrir em flores. É imperdoável não me ver como sou: adulta. O meu olhar foge da realidade, pela luz do saber. O adeus sobrevive à vida de amor. O amor não sobrevive ao adeus, não sobrevive a mim. Tenho a cor do adeus e a consciência como permanência, emprestada da vida. A permanência se separa da vida, quer apenas é permanecer. Tudo é vazio, cansativo, sem a permanência: ela é que faz eu fugir da minha cor, da minha poesia, do meu ser. Meu ser não é permanência, mas é permanência do meu ser.