O olhar desesperado pela falta de fala é a consciência de ser. A consciência do corpo é o nada, como sendo a vida que não tenho, e nunca terei. Ser ou não ser é amor. O renascimento da voz não saiu de dentro de mim, saiu de dentro do acreditar, do silêncio, obscuro sem a voz, na voz do saber. Passei a noite na voz do nada. A alma se condena no infinito. O céu é a voz de Deus. A morte é o que tenho dentro de mim. Fora de mim não há morte. Deus é o cessar os olhos no olhar. É dizer sempre amor. Nada ficou em mim, Deus me levou consigo. Um sol de estrelas sorri. Esse mundo, essa vida, não podem ser Deus. Deus é a vida da vida. A ilusão do corpo não é ilusão da alma. Morte é um desfazer de alma, onde meu ser é ainda mais. A morte é inocente do fim. Tocando a morte, para não ser tocada por ela. Nada isola a morte de si. A morte se isola do nada. Revira vida dentro de mim. Alma, não me dá o que me dou, mesmo assim, sinto falta de alma. O florescer do chorar é a minha ausência. O meu libertar sem alma é o que posso oferecer à vida. A alma é desconfortável em mim. Pessoas não podem se tornar um ser. Ser é alma. O amor se julga, não é suficiente para si mesmo, morte de água parada, do nada. Está na margem de tudo. A alma ressoa sem a voz de Deus, para o eco do mundo cessar no amor de Deus.