Nada termina, mas chega ao fim. É o ser, a insegurança da alma em mim. Respirar é voz que não se cala. Respirar fala-se em vida, na eternidade da essência. A vida é lenta, como um ser morto. A lua, trêmula de sol, é o mistério da vida, a encantar-se de céu. O bem é relativo. O mundo não é o bem, pois é concreto. A vida é a minha subjetividade. Como expor o céu ao mundo? Sem consciência vivo sem paz, em busca de uma consciência inexistente, sonho com ela. É um sonho vazio, inútil. Mas foi bom sonhar. Vivi tão pouco no não ser de mim. O passado infinito é o fim do futuro. Nada posso fazer por mim, com a vida ao meu lado. A vida é a inexpressividade do amor. A vida sem o nada são os olhos do mundo, a absorver o interno de viver sem precisar da alma. O olhar precisa de um fim. Continuarei viva por não ver a vida, nada há de vê-la, mesmo a existir.