Rasgões do nada a precipitar no amanhecer, como se fosse minha pele, sem poder ser costurada por lembranças de amor. É fácil esquecer, difícil é lembrar de mim nesta manhã, com meus sonhos despertos, por estarem perdidos, sem necessitar da tua ausência para se perderem. E, assim, nasce o céu, fundando o nada, me fazendo morrer, para o sonho viver. Assim, posso começar por mim a ser o que sou. Adivinho a existência em mim, não na alma. Em mim é existir eterno. O amor não existe, existe o ser, em busca do nada. Adivinho a existência sem pensar no seu sentido.