Morrer pelo amanhecer é deslizar como a alma no céu. Desliza até o amanhecer. Ceder a poesia, como um resto de nós. Nós, me separa amanhecendo. Tudo de triste partiu, continuo triste, sem motivo, assim como o sol, não tem motivo para amanhecer. A vida é infundada na realidade. O corpo é vida da vida. Excessos de nada me atormentam. O nada me relaxa. Quem é esse nada? É a virtude, o verso sem poesia. Distraída, durmo no nada, como se fosse a presença de Deus. Deus é a única lembrança de mim, que vive sem mim, coberta de mim. A espera de um adeus é aceitar a vida como é. Parti em Deus. Nada tem a cor da vida. O desânimo chega ao mar, não é frágil. O mar me desafoga no sol. Explodi de dor na erupção do sol. O sol parece a solidão do mundo. Como deitar-me quieta de vida, e ardente da vida como o sol. Não há explicação para o nascer do sol, nem para as minhas respostas de sol. O tempo é uma experiência de sol. O sol faz nascer a vida. Nada a vida leva de mim. O princípio do sol é o meu rosto no nada. Nada dá certo para mim, dentro do meu sol particular. O vazio, ocupado de me sentir, deixa-se desanimar, de ser vazio.