Me recuperei da morte com palavras transcendentais. Isolar o espírito em mim é transcender numa alegria eterna. Ser feliz é onde sinto por viver. Sei que vou me arrepender de viver: é como se o espírito fosse minha única presença. Não há céu, não há mundo na presença, tenho apenas você, tristeza, e nada mais, mas não quero mais do que isso: sofrer. Isso me basta como basta ao abandono me abandonar, para ele ser feliz. Palavras são vidas na tristeza de outro alguém em mim. Não me basta a minha tristeza. Preciso do outro para sofrer. Há alguém em mim, além da tristeza, talvez seja apenas a solidão a cantar para mim a sua solidão mostrando que a minha solidão, é melhor do que a solidão da solidão. Reviver o nada é como não sentir a escuridão. O amor impensado não tem vida, ar. A morte está isenta da minha morte. O infinito se realiza comigo, sem eu morrer. Morrer não faz parte de mim. Sou apenas esse momento vazio sem morte, sem nada. O nada não é a inexistência: é te dizer adeus.