Blog da Liz de Sá Cavalcante

O infinito sem luz

O infinito sem luz é amor que vê além. Há o infinito no fim do meu olhar, no fim do meu ser. Não ser que fim é esse, que me faz amar mais ainda, mesmo sem o infinito. A luz é superior ao infinito. O infinito na luz é morrer. Morri despertando para o nada. Nunca ninguém vê o nada como eu o vejo: frágil. Sou a força do nada, inabalável pelo nada. Nós nos misturamos. Há muito amor para dar ao nada. O nada não precisa evoluir: o quero como ele é. Tudo se resume ao nada, ainda bem. Nenhum sorrir, nenhuma esperança: o nada abrange tudo, nada sinto falta: tenho o nada em mim, como alma. A alma vai necessitar do nada para existir.