Não nasci ainda, mas, em sonhos, estou viva. Antes da vida, não era o vazio, era o nascer de mim, acabou com o nascer do devaneio. O nascer do devaneio me deixa solta no meu nascer. Nascer para não pensar. Pensar não traz de volta minha morte, minha vida. Morte, espelho sem alma, tem imagem do possível. A imagem do impossível é a vida. Se eu perder o impossível, eu vou morrer. O imaginário é a imagem concreta da morte. Se a morte existisse apenas na poesia, tudo seria mais triste ainda, mesmo assim, quero viver. A escuridão do céu são as almas dos que vivem.