Blog da Liz de Sá Cavalcante

A alegria da eternidade é a alma do esquecer

Queria dar meu ser, a minha alma, para a alegria da eternidade da alma do esquecer. A eternidade está só, na minha alegria, no meu amor. A alegria desaparece, dá lugar a um tempo, parado de mim. Descreva-me no que sente, me empresto a você, não como vida, mas como oportunidade de sermos felizes, amar em paz, sem sofrer. Não tenho mais alma para sofrer. Eu amava amar, agora não sei. Sei que a poesia é permanência de mim, como um grito surdo de viver. Eu sonhava com a minha permanência, não sonho mais. Busco estrelas sem direção, expectativas, meu corpo se fez estrela, sem artifícios, cru, nu, verdadeiro, como se pudesse me fazer viver, me fez viver, me deu a vida que eu preciso. Movimento o corpo pelos movimentos da vida, pelo suspirar da vida.