A canção mais perfeita é o silêncio, que canta como presença do amor, o amor construiu o mundo em silêncio. O insignificante está dentro do real como certeza de amar. A alma é amor. A aparência é consciência confusa, que dá voz ao silêncio para ele não cantar. O canto é a voz de Deus em mim. O canto é a realidade do ser, sem precisar de essência. A essência, fim de um sonho, que se tornou nada. Tudo parece ser vida, nada é vida. Não consigo me aprisionar no nada, dar um sentido às minhas palavras, ao meu amor. Repensar o nada, torná-lo vital para mim, assim sempre amo. É melhor esquecer do que sonhar. Tudo é possível na realidade, apenas para esquecer o nada, construir mundos de areias, muito mais seguro que este mundo que todos vivem. O silêncio ama. O silêncio encontra a realidade: torna-se ar que espalha o universo, como em um sonho para me recolher de mim perdendo meus pedaços. Tudo isso para deixar de amar o nada, não consegui. Seja apenas nos meus sonhos, e superarei a mim, com minha presença em forma de canção.