Vida, conheço teu corpo, tua alma, na minha ausência me despedaço em dias sem vida, na esperança que a vida me resgate de mim. Um sorrir sem esperança cessa o silêncio da alma. Não compreendo o que a alma me diz, mas me preenche como se suas palavras fossem a vida esquecida por mim. Não amo, venero as palavras da alma, as idolatro. As palavras da alma não quis, para vê-la falar em meus sonhos solitários, por pertencer à alma. A alma não sonha, fala no incompreensível do meu ser, que me compreende, como se fosse a alma. Alma é o meu desesperar no nada de mim, para me merecer. Alma, não conheço tua essência, mesmo assim te conheço onde não há beleza, contemplação, idealizações, há apenas está realidade: eu e a alma, sem ser eu na alma.