A morte simboliza a intuição. O véu esconde a intuição. O véu, a esconder a intuição, é a vida. A alma, semelhança de vida. Mesmo assim, nada se parece com a alma, nem mesmo o ser. Vou morrer para me parecer me igualar à alma, para ser digna do nada, ao amor do nada. A intuição não me traz o nada, faço da intuição um momento meu, um nada, que está à margem da intuição. Um dia a intuição será a minha vida, meu mundo. Não há intuição no vazio, não quero perder o vazio, perco a intuição. A morte não tem intuição do fim da minha morte. Estou sempre morrendo, infinitamente só, o sol ilumina minha morte, minha solidão. A morte não me torna só como a alma.