Blog da Liz de Sá Cavalcante

Abraços são mortes ou vidas

Abraços são mortes ou vidas, ao menos, algo existe no abraço. Mesmo que esse algo exista, faz falta para mim. A alma vive dentro do desenho do que penso. Desenho meu pensamento, pois não há vida, nem mesmo nos desenhos, nas poesias. A compreensão é um desconhecer na alma. Não vejo o espelho no qual me vejo. Ver é atravessar o espelho da alma. Amar o que se vê, é a inexistência da vida. Ver é solidão pelo que existe. Forçando minha morte, resgatei o espírito do nada. O que significa morrer? Fazer diferença na vida? O céu não pode esperar a morte, para ser belo. O nada me ama. O nada é o otimismo. A vida é saudade do nada e do tudo em mim, até conseguir ser uma lembrança de mim para não ser mais eu. Sou muitas coisas sem mim. O invisível é o nada. A alma não vai adiante.