O amor não une como a vida une, prefiro o amor, me acostumei com minha voz: ela é minha vida, minha solidão cansada de ser só. Apenas por querer viver, eu vivo. A voz é o saber de Deus em mim. A vida continua sem o tempo, minhas ausências são o nascer da vida em mim. Deus silencia na voz da solidão, é quando sente medo. Medo da solidão extraordinária de amar humanamente. O que sinto não existe em mim, existe nos meus sonhos. A respiração profunda no não morrer é minha pele que se rasga em pele em ser. A morte não é absoluta, o ser é absoluto. A pele se costura com as mortes da vida, em vida. É possível morrer sem pele, sem o ser em mim. Não sou o meu ser, sou a pele do meu ser. A lentidão do sentir é o fim da pele, é o meu fim.