A eternidade de um olhar vazio é como pertencer à vida. No amor não tenho que ser vida que me falta. Nada faz falta a essa falta, nada ilumina o infinito da falta. A falta supera o ser sem faltas. O ser é a falta da falta, na presença do infinito. Há faltas de bondade e ressignificação. A alma é a transformação do ser em nada. A eternidade de um olhar vazio é o corpo dessa falta, a saudade dessa falta, que cessa a tristeza, a dor. O infinito, sem faltas, é triste. A tristeza do infinito é por onde amo. A vida não é triste como o infinito. O tempo de cada um é a descoberta do infinito. Não estou só sem o infinito de mim.
