O saber é a inexistência de tudo, deslizando na vida. A superfície do nada é o sol. A espera é um abraço sem alma, por isso, é amor. O olhar não é vazio, é a vida. O ser vive sem essência, sem despedida. Por isso, sente vazio. Sente-se vazia como se fosse despertar na alma. A alma é a vida. Este vê, vê o ser, por isso, o ser não se vê como é: nada. O nada é suave, e a vida é áspera. Quero que o meu respirar me faça despertar de mim. Despertar seria uma alegria? Não sei o que sentir, como me definir nesse despertar. Quero ser isenta da vida: quero viver. O meu corpo desaparece ao deslizar na vida. Corpo tem que ser no corpo, não na alma. Apenas um corpo pode dar vida a outro corpo. Corpos se preenchem. A diferença entre o essencial e o inessencial é o ser. Essa diferença não é meu ser. Ser é uma oração de Deus. O ser necessita da negatividade. Ela é a permanência do meu ser.