Blog da Liz de Sá Cavalcante

A eternidade do nada

A vida que existe antes da vida é o real. É difícil ver o real como real, é como ter eu para mim no falar da paisagem. A paisagem esconde a vida na eternidade do nada, que é o seu momento de ser. Paisagens não são caminhos, são a perda dos caminhos. Quando eu sou, nada me resta, não posso nem me refletir no nada. Não me perdi no fim. O fim fez eu não perder, como se não houvesse céu. Não há como me separar do nada. O nascer do nada é o sol. A eternidade do nada é a esperança de uma vida. A vida se opõe entre mim e eu. A sorte de existir a eternidade do nada me faz viver!