O amor na eternidade ou num instante é o mesmo amor que vai partir. O nada não é vazio, é a inspiração da vida, a reconciliar o tempo, não amadurece, mas ainda é uma criança, que não foi concebida. Para conceber o tempo, preciso esquecer o tempo, sem demoras para viver. Continuar no tempo é não viver. Nunca é necessário viver. Viver é falta de amor. O amor da vida é impossível, por isso se vive. Querer é mais do que viver. A vida não tem querer. Querer é se opor à vida. O tempo da alma é a solidão, o tempo do ser é o próprio ser. Apenas a alma me faz ser, apenas ela me deixa só. A solidão é a única emoção que posso dividir com a vida, longe da inexistência do tempo, que é a eternidade. A morte da eternidade é a renovação do ser.