A perda se perde antes de eu me perder: essa é a interioridade do ser. Exercitar a morte na alma, na poesia, não a deixar morrer. Morrer é um espetáculo vazio. O vazio é a alma que não existe. Vagueia como um fantasma no nada do vazio: é como uma estrela sem céu. O vazio necessita escolher entre mim e o nada, continua vazio, sua escolha é sem escolha, mas é um objetivo. Faça a morte parar de gritar por dentro de mim, não vai existir silêncio, amarrado, no nada, sem convicção. Ficar na morte é sem vazio. Pelo vazio, expresso meu amor quando a morte for o vazio, vou querer morrer. Nada em mim morre, essa é a separação da vida que me violenta de morte. Silêncio arrebatador, encantador. A morte não sabe onde eu estou. Estou dentro do silêncio que a morte cavou em mim. Não há nada entre o silêncio e o ser: a morte é esse nada.