Blog da Liz de Sá Cavalcante

Anos de solidão

A solidão não tem fim, isso não me assusta, sou infinita também no amor. Amo a solidão, não por mim, mas por um momento apenas meu, onde me desconheço, conheço apenas a solidão, como se eu fosse voltar para a realidade de ser. O fim é apenas o interior de mim, o cessar da alma, como um respirar profundo. Nunca mais serei a mesma nessa respirar, ele é apenas o silêncio interior dentro do silêncio do mundo. Não sou mais a solidão, não sou mais nada: essa é a realidade que faltava em meu ser para surgir a vida do céu. A vida é o mundo, o céu, tudo que estiver só. A vida não é só, chove vida em mim, para que o sol da morte não desapareça.