Blog da Liz de Sá Cavalcante

Tempos perdidos

A alma é a desigualdade de ser. Expressar a inexpressividade é o amor da alma. A vida do todo é o amor. O amor parece essencial, mesmo em tempos perdidos. A ausência é sem tempo, isenta do tempo, assim como de noite chove. O tempo sem ausência devora a lembrança que me esforcei para ter. A ausência refez minha lembrança como o fluir do mar no fluir do meu ser. O amor não se esgota no seu fim. Deixei de ser para amar. Deixando-me, aprendi a ser.