Blog da Liz de Sá Cavalcante

O absurdo de sofrer

É absurdo sofrer como se eu existisse. A apatia da alma em mim é amor na insensibilidade absoluta. Sofrer é amor? Defino o sofrer como a ausência, a falta de alma no meu amor. Com o meu amor, a falta do amor é meu ar. O voo da morte se debatendo no céu, como um sonho. Apago minha alma na luz do sonho. A primeira luz se perde em céu. Não quero prender a luz nos meus sonhos, como se ela fosse a lua da imaginação. Meu corpo se movimenta de solidão, mas não vive de solidão. Poesia, quando não puder te ensinar mais a sonhar, entre no meu corpo, onde se isola sem coerência. Deixe-me em meu corpo, e então pode me esquecer, como faria com uma estrela sem luz.