Blog da Liz de Sá Cavalcante

Existência ausente

Ainda sou eu, esse meu eu em ti. Apenas agora suspiro amor. Ver coisas que não existem é o fim se afastando dando lugar a minha morte: única chance de ser livre e ter conhecimento é a morte. A morte não deixa meu amor ser cego. Apenas por pensar na morte sou feliz: a morte é o pensamento de morrer. Sentir-me morrer é me libertar da morte. A existência não é ausente por dar liberdade: essa é sua presença. Eu vivi a tua morte, mesmo assim, sou livre, como se te visse no tempo perdido entre a vida e a morte, entre mim e eu.