Sou sincera no sentir, mas nem tudo é sinceridade, nem tudo é sinceridade, nem tudo é amor. Me resguardo do meu amor, num sofrer eterno. Sofrer me faz ver a vida como ela é: sendo eu mesma. Eu sou o amor que penso ser? Deixa a alma se resguardar de mim. Não sei ter alma, sei sofrer. Sofrer não é ter alma. Algo me afasta de mim, do meu sofrer. Talvez seja apenas o tempo partindo. O tempo é o descanso da vida. Vida, o tempo te deixa, como se eu estivesse em ti. A alma é diferente do resto da vida, é diferente de me resguardar. Não existe fim, existe ser. Ser é diferente de viver. Desnudando a face no amor, sem reconhecimento, apenas a liberdade de aparecer apenas em mim. Parecer-me deixa a vida menos tola, menos débil. A tristeza é leve como o ar. O bem impede a eternidade.