Morrer não é nada para a vida, este é o fim da vida. Não dá para recomeçar sem o fim. Mar da vida, me mande notícias da vida, do amanhecer de mar. O sol, essência do mar, é o mar escondido da minha solidão. O mar escondido da minha solidão não chega até o sol da minha tristeza. O mar da solidão aparecerá como minha alegria. E a minha alegria se torna sol. A vida é um pedaço do céu. Meu corpo absorve a morte sem morrer, flutua entre a vida e eu: este é o fim que é eterno sem a alma, apenas a individualidade sem mim e sem o meu ser. Ter sido não é saudade, é necessidade de ainda ser. A morte é um ter sido que não morreu, tornou-se ausência por não morrer. Assim o ter sido de mim é, mas eu já não sou mais. Nem ter sido um dia consegui ser.