Blog da Liz de Sá Cavalcante

A liberdade das minhas mãos

A liberdade das minhas mãos na poesia é como o sol a nascer. Mãos que sufocam o meu corpo, minha alma, pelo prazer de uma poesia, que nasce além das minhas mãos. Minhas mãos são uma poesia, mesmo sem nada escrever. A alma escreve pela ausência de mãos, de ser: apenas assim incorporo o que sinto. O silêncio das minhas mãos se fez em minha alma, que antes falava eternamente só, como se fosse renascer da sua solidão. Solidão sem mãos para ser livres.