Meu rosto me esconde no meu respirar para respirar o rosto que me esconde. O fim do mundo é o mundo! A incerteza do que sinto é a vida que precisa do meu tempo de ser, para conciliar a vida e a morte dentro de mim. É como se tudo fosse vida e morte. E a distância do céu, esse apego ao nada do silêncio, da ausência absoluta, não importa? Não será a falta um sonho? Que sonho sonha comigo? Quem ou o que depende do sonho? O sonho de morrer é um sonho ou uma despedida que faz sonhar? A loucura é a morte? A lucidez é morte. Nada adianta uma lucidez sem vidas. A ardência da alma queima o espírito. Estou só, sem resistência para viver. Não me ajude, quero continuar assim: assim, tenho uma saída: morrer! Morrer para conquistar o nada. Que liberdade é essa do nada, que nos torna livres? Cheguei até o infinito sem morrer. Sou livre como se eu pudesse morrer dentro de mim.