Olho, nada vejo que seja do amor, do olhar. A vida não consegue diluir a alma nas minhas lágrimas. Eu trouxe a alma para as lágrimas, sem a diluir. Diluir é mais do que desaparecer: é desaparecer para o nunca existir, ser o seu desaparecer. Algo nasce da morte: o desaparecer em cinzas. Olho a eternidade das minhas cinzas, como uma saudade que não seja o fim. As cinzas, aparência de eternidade. Saudade de algo que não é o fim. Na essência, nada precisa viver.