A poesia surge do canto da poesia, do seu desatino. O nascer do nada aperfeiçoa a vida na poesia. O nada é a essência, a verdade da poesia. O amor é mais lembrança do que amor. Vivo na alma que não tenho. Sou livre como se escrevesse nas minhas mãos o nada da poesia. Canções perdidas são ouvidas pela alma, num devaneio frio de saudade. Vou cometer um desatino: amar a poesia mais do que a mim. Será que eu devo saber da poesia com ela dentro de mim? A vida é apenas saudade de escrever. Escrever se renova, é o sempre da vida. Escrever é acertar na vida, pela escrita. A escrita é onde te encontro.