Resgato o céu no saber pela minha alma. A justiça de Deus é minha alma, é cedo pra dizer se isso é bom ou ruim. Tudo que sei um dia será céu. Mesmo assim, o céu já está no meu saber: no saber de ver. Olhos no céu com a alma saindo de dentro do céu. Ver é amor, que o céu não compreende. Mas eu sou este ver o céu, mesmo sem ele perceber o meu amor. Admiro o céu, queria a infinitude do céu para mim. Eu, em você, é sem graça, sem caminhos, sem céu, sem destino. Com você não tenho amor nem para mim. Sou mestre em sofrer, em ressuscitar o fim. Há fim até nas minhas poesias. Aceito o fim como o começo de outra poesia. Sofrer para ressuscitar a eternidade, torná-la humana.