Blog da Liz de Sá Cavalcante

Renascer

Renascer é morrer pelas mãos de Deus, acariciando minha alma. A alma me conhece quando sorrir. A alma sorri com eternidade. A eternidade de chorar é mágoa. O sol desperta a dor luminosa do amanhecer. Há muito mais do que o amanhecer para eu sofrer. Sofrer é mais do que eternidade, é prazer. A morte acaba com o prazer de sofrer. A alegria é incontornável, como se fosse triste. Leio minha alma sem sofrer, é quando sou feliz. Sofrer é ter alma. Deixo o único instante de alma, ser a poesia da poesia. Mas o único instante de alma não convence a poesia. A poesia são todos os instantes a existir sem a vida. A poesia é dona da vida, mas não vê a diferença entre o mar e o fim. O mar se esgota pleno. A leveza do ar é o renascer do meu ser. Renascer não é esquecer para lembrar do amor. Amor não é esquecer, apenas para o mar não secar. O som atropela o sentir em espelhos de água que me faz ver além de mim. Merecer é nunca saber. Sou qualquer um que te ame. O renascer é a falta de amor, de criatividade. As canções de amor, em vez de renascer, são felizes, mesmo sem serem escutados, são o céu de todos, que suspende o céu da delicadeza no nascer estrela.