Blog da Liz de Sá Cavalcante

Torres de alma

Torres de alma, além das braçadas do meu coração. Tempestade de sol, deixa o céu limpo, tão azul, que é triste, mórbido, poético. É o azul pelos dias que não nascem pelo amor que não vem: ele é apenas a presença do céu, da morte. Meu corpo nada em almas flutuantes, nadando contra meu corpo, a nadar no nada sem mim. Sem mim, nadar pertence às águas, e eu pertenço ao meu corpo. Não nadei, eu afundei em mim. Nada vem do céu, nem mesmo a morte: espírito do céu. Meu corpo é um véu que esconde a minha morte de mim.