O amor são retratos de canções perdidas. O suspiro da morte, no silêncio da alma. As lembranças imemoriáveis estão vivas, como sendo um retrato da alma. O ódio é uma relação de morte, deixa-me sem alma, sem nada. Convivo com a perda da alma: é como se eu tivesse partido com ela. O silêncio partiu sem nós duas. A agitação da água, misturada com a sinfonia do silêncio é como a vida, nascendo das minhas palavras. A vida e a morte são duas estranhas no meu amor, mas será meu amor apenas este quarto fechado? Por isso, fecho as portas para que ninguém me escute no sofrer, e sim, como eu sou. A ilusão de abrir a porta me torna tão só, melhor morrer, assim meu silêncio me escuta baixinho, sem sussurrar o amor que sente por mim. Amor, não é silêncio. Crescer não é dizer adeus ao amor, é saber manter o amor. A vida quis que o amor me perdesse, me deixando, sendo escutada pela porta, até exausta, dormi na inconsciência da porta. A porta vive, comigo a abrindo, de morte, dor, até as palavras sangrarem, como se fossem nós duas. As palavras nos separaram, o seu abandonar nos afastou, não lutamos para sentir, por isso, morremos uma da outra, onde as palavras não sangram mais, se cansaram de me ver sofrer. Sinto um arrepio quando me lembro de escrever.