Blog da Liz de Sá Cavalcante

A escrita e o amor

O amor e a escrita, minha única realidade. Às vezes sinto falta de outra realidade. Mas a realidade aceita a minha realidade. A vida não é natural, se tem a escrita do amor. Fico à vontade escrevendo na minha morte. A morte pode ser acrescentada em palavras de amor. A morte são apenas palavras. Eu acreditei que a morte ia definir as palavras com meu amor. Mas meu amor não são palavras: são reconciliações da vida, que não dão em nada. O amor das palavras é o meu eu sem mim. As palavras querem ser eu, não podem. Sou mais do que palavras. Não compreendo minha compreensão. O amor fez eu não perguntar por mim. Pergunto por Deus, não por mim. Em Deus, a solidão é perfeita, por isso dou valor à solidão, para um dia estar em Deus, onde a solidão é essencial. Estar em Deus e em mim é eternidade. Sou livre por amar Deus. Como ouso amar Deus? Pelo amor que Deus tem por mim. A realidade é Deus! A palavra amor existe apenas no ser, não existe no amor. Amor, transcendência de alma. Sou o meu fim, permanecer no fim é ter algo a que amar.