Se tudo fosse amor, como seria feliz sem a incompletude do sofrer? Mas e se o sofrer me torna plena, me restaria a alegria. Seria feliz pensando em ser triste, como se pudesse sentir a essência do céu. Olhos nos olhos, não para olhar, mas para perder o céu, refeita de Deus sem mim. Sinto falta do que deixei na morte, do que realizei na morte, sem te fazer sorrir, mas sorrir não é o céu? E agora nós, sem morte, vida, sem conciliar o sofrer com o amor? A morte faz com meu corpo o mesmo que faço comigo. Só há a espera do corpo, não adianta esperar pela alma na alma de uma solidão. Depois da morte nada mais resta.