Alegria, me espanta tanta vida, amor, para nada. Eu criei a poesia pelo que me falta. A ausência é o amor? A vida é amor? Quando o amor se ausenta, a vida vive. Viver e amar são a mesma coisa. Amor, vida que foi esquecida. Nada é esquecido por esquecer. O amanhecer, esquecimento da alma. A ilusão é a alma. Alma não é solidão. Queimar-me sem o meu interior é viver. Não vou cessar pelo fim da vida. O fim da vida, é bom, me aproxima do nada que sou, para ficar distante do fim. A morte impregna a alma em mim, não importa onde a distância estiver, vou encontrá-la pelo meu fim. A alma tem um fim sem morte, sem perdas. Amor me faz lembrar de mim. Agora o sol permanece frio para o amanhecer. A alma é a permanência do meu ser. O que está sem alma permanece como eternidade. A vida é um instante sem adeus. O adeus de um instante é como morrer.