Blog da Liz de Sá Cavalcante

Medo silencioso

Para viver a alma tenho que deixar de amar. O medo se torna mórbido, fatal. Mergulho num silêncio vazio sem dor. Por isso dependo do silêncio, como uma árvore que cai morta como um amor morto dentro de mim. Desse amor nasceu a morte de um amor silencioso, onde tudo pertence à alma. Como soube da minha alma? Nunca te mostrei a minha alma. Aprendi apenas a morrer em ti. Diferenciando a proximidade da distância, posso chegar ao céu, mas é um céu diferente das almas, mas é um céu vivo que chora por mim. O céu é apenas o que sonhei existir dentro de mim. O que é a vida? Somente a vivemos com nossas verdades. Quero me afogar no seco. Procuro por mim como quem precisa respirar. Converso com meu respirar, como se não pudesse carregar o respirar em mim. O medo escuta a alma, onde tudo é esquecido como alma. Como alma amei a vida; como um ser a odiei. Não existe vida sem amor, existe o meu fim. A vida não tem mistério se está dentro de si mesma.