Blog da Liz de Sá Cavalcante

A alma é irreal

A alma é irreal pelo amor que permanece. A alegria cessa o tempo na alma. O tempo da alma sou eu. O tempo esperado é o tempo obtido, é o amor, o mesmo amor em tempos diferentes. O nada surgiu da irrealidade da alma para que a irrealidade da alma tenha um significado. A Flor de Lis se arrisca sem o mar da ilusão que resseca a alma sem ilusões. A ilusão de não estar perdida é a alma: desencanto da vida. O céu se perdeu na própria alma, fez-se meu amor. Não posso unir o mar a terra, sou insignificante como as estrelas que não duram o céu que as veste. O irreal é infinito, opaco, deixa a saudade igual ao ser. O céu investe na realidade sem Deus. Deus é cada estrela perdida num céu em chamas. Não há céu na tua esperança, nas tuas atitudes dúbias, confusas. Eu estou partindo o céu ao meio, sem ter esperança de me encontrar na minha morte. A permanência, falta de esperança, me vê como sou! Não vou me enganar por ser diferente do céu. O céu se igualou a mim, mas esqueceu da minha eternidade, que voou mais alto do que o céu. Nada mais ruiu, destruiu-se, foi só.