Mesmo na ausência, amo. Na minha ausência, amo tanto que sei de mim. É pelo nada que o amor se fez, evoluiu tanto que se tornou um vazio sem saudade, história, mas com vida. Mas não é mais a vida do amor. E o amor tem vida? Difícil responder. Quero participar ao menos dos meus sonhos, sem sonhar. Sonhar é solidão que traz o real para perto de mim. Não esqueça o meu desaparecer como me esqueceu um dia. Antes do sol entrar em mim, eu era apenas fragmentos de alma. A alma me pertence, é toda minha, como um passado que se foi. O passado vai partir depois da alma. O nada pensa, mas quando foi entregue ao pensamento deixou de pensar.