O sempre cessa com o sol. Terei que ser o sempre, para diferenciar meu pensamento do mundo. Uma imagem em cima da minha imagem, talvez não seja nada talvez, seja o infinito na minha imagem, onde não posso me despedir de mim. Quando a despedida for ficar, despeço-me de mim, como se fosse ficar no ficar da despedida. O pensamento é a despedida do ser sem o ficar. No sol não há despedida nem ficar: o ser no sol é a permanência do ser na vida. O sorrir do amanhecer é a noite mais linda que qualquer amanhecer. Apenas a noite é aceitação das minhas ausências, na minha presença adormecida. O sonho da ausência é o meu despertar. Meu despedaçar é o sol, clareia, não amanhece mesmo despertado.