O que me encanta não floresce. Morrer é sorrir pela primeira vez. Morte, vai em paz, estou em paz sem sorrir, estou viva. Se vivi em vão, não percebi, percebi apenas minha ausência de sorrir. Sorri sem viver, e ainda assim sorri. O tempo, a vida sorri para o infinito. Eu somente procuro ficar ausente no sorrir eterno, e assim secar as lágrimas de Deus. Nada me encanta: o sol está lindo lá fora de mim. Escrever no meu corpo a poesia que não escrevi na alma. A morte, olhar adiante, prende a realidade no seu irreal. Desejar ser o que já sou é como ter a presença da alma em mim. Ter sede é alma que foi saciada. Como impedir a alma de amar como eu amo? Tem amor que é apenas alma. Como perdi a vida numa ilusão? O que a ilusão tem que a vida não tem? Pássaros no ar da alegria. Pássaros voam como alma. Nunca deslizei sem voar. A lembrança é uma ilusão: ilusão de reconhecimento.