Blog da Liz de Sá Cavalcante

Petrificada (paralisada)

Queria perdoar. O amor é universal na morte de todos. Meu amor é escuridão do abismo de mim. Do eterno na morte resta o ser. O ser é o fim da morte, início do nada. Quem é capaz de morrer pela morte sem pensar no seu fim? Pensar ajuda a morrer. A saudade flui como o mar, sem pensar em me consolar. O mar isola o infinito em si. A realidade é a falta do mar, onde o infinito sou eu. O amor maltrata a alma, não sabe como agir, vê na alma um peso, fardo. O amor a suporta, deixou a alma viver. A lembrança não sabe o que é uma lembrança. O silêncio preenche a ausência, desfazendo vidas, como se fosse o desfolhar de uma poesia.