Eu sou o que fizeste de ti: nada. O esclarecer da alma é toda a minha ausência, toda a minha vida. Se em vez do nada fosse o amor, minha aparência interior estaria perdida, como sendo a última ausência sentida por mim. Derrama-te em mim como fogo, no ferver da vida que afunda minha alma, no raso de mim mesma. A união do ser e o nada é a alma. O ser é a separação do ser e o nada, sem poder deixar o ser no nada de ser, o nada de ser é o nada verdadeiro. Onde o nada da vida nem mesmo nada é. Por isso a aparência não é aparência da aparência, é subjetividade. A vida, eu concebo na imaginação, sem ser imaginação. O mundo inteiro não tem a vida da imaginação. Perdi-me em imagens reais, sem imaginação. A imagem deveria ser apenas imaginação, assim a imagem da minha morte seria apenas a minha imaginação. Não sei no que acreditar, apenas imagino, como se minha consciência fosse a vida de todos. Não importa a aparência, e sim o sentir. A ausência é uma coisa boa: é aprender a ser só, onde a minha aparência surge, como se fosse meus olhos, mas é apenas minha imagem contra a falta de amor, contra essa indiferença de viver.