O pouco que consegui morrer é o amor nascendo de mim, torna o renascer vazio, sem vida. Morrer é não dar continuidade ao nada. O céu é vazio, não pode renascer, não pode ser o pensamento de alguém. Mesmo assim, às vezes, penso céu e posso me abandonar sem morrer. A continuidade do nada é o único momento de sol no meu sofrer. Sofrer é dar razão à vida: é inútil ser feliz. Alegria é desaprender a ser. O tempo são palavras nunca ditas a alguém. Ninguém merece as palavras que falam de uma ausência que não é minha, é do que já se foi; dentro de mim, continua sendo. Gasto as palavras no papel para não as gastar dentro de mim.